Situada na Terra de 2419, a série de “ficção científica” The Orville (2017) acompanha as aventuras da Orville, uma nave espacial exploratória de nível médio. Sua tripulação, tanto humana quanto alienígena, enfrenta as maravilhas e perigos do espaço sideral. The Orville é uma homenagem a Stark Trek, mas além de tudo, ela tem suas particularidades.
A sinopse é basicamente simples, o personagem Ed Mercer (MacFarlane), é um comandante de naves espaciais, responsável e dedicado, mas que tem de enfrentar um período difícil após flagrar sua mulher na cama com extraterrestre. Após superar o trauma da separação, Ed retorna firme ao trabalho no comando da nave Orville. É a partir daí que o enredo realmente começa.
Ed tem de lidar com a tripulação singularmente construída. Tem a Dr. Claire (Penny Jerald), a médica; Gordon Malloy (Scott Grimes), o piloto; Alara Kitan (Halston Sage), a chefe de segurança; Isaac (Mark Jackson), um robô responsável pela tecnologia da nave; e Kelly Grayson (Adrianne Palicki), a subcomandante, e ex-mulher de Ed, com quem ele tem que trabalhar.
A trupe então – com todo um ar Star Trek da década de 1960 – tem que partir ao longo do universo em operações especiais cheias de perigos e aventuras. O tom de comédia desagradou alguns fãs de Star Trek, que viram na série uma cópia mal feita da obra de Gene Roddenberry. Eu gosto da série Star Trek e achei The Orville bacana.
Na prática The Orville imita tudo de Star Trek: a União Planetária (Federação Galáctica), os alienígenas hostis, a inteligência artificial que quer entender os humanos, a interação social entre os tripulantes da nave e seus conflitos pessoais, o simulador de realidades (Holodeck) e o sintetizador de alimentos. A única coisa que não existe na série é o teletransporte.
Tem dois episódio em The Orville que me chamaram a atenção pois mostram situações que realmente acontecem com raças avançadas de “humanos espaciais” que visitam a Terra. Me refiro aos diferentes tipos de humanos Lyrianos como os Taygeteanos, Antarianos, Engans, Alfrateanos, Solatianos e vários outros que se parecem muito como os humanos da Terra.
Os dois episódios são sobre uma espécie humanoide nativa do planeta Sargus 4, chamados de Sarguns (também Sargans). Sua cultura dependia fortemente da democracia direta e do voto majoritário de sua população. Sargus 4 é um planeta similar à Terra no século 21 mas seus habitantes são fisicamente parecidos com as pessoas da Terra de 2419. Os humanos super avançados da nave Orville encontram os humanos menos avançados de Sargus 4. É a mesma coisa dos Taygeteanos com os humanos da Terra atual.
A Cabala impõe a “ficção científica” no cinema e na TV como forma de desacreditar a realidade. Muitas coisas que são apresentadas como “ficção” no cinema são verdades escondidas à vista de todos, de modo que as pessoas as consideram fantasia.
Sétimo episódio “A Regra da Maioria” da primeira temporada – Após o desaparecimento de dois antropólogos humanos da União Planetária no planeta Sargus 4, a Orville é enviada para descobrir o paradeiro deles, sem interferir na cultura local. Ao chegar lá, o tenente John LaMarr é preso por ter recebido inúmeros votos negativos por ter dançado ao lado de uma estátua de personalidade respeitada no planeta.
Cabe, então, à Alara, Kelly e Claire salvarem o navegador antes que ele sofra uma lobotomia. A personagem Lysella Ravada era uma barista numa cafeteria no planeta Sargus 4 e ajudou a tripulação da Orville a resgatar LaMarr de Correção Social. Ao entrar no banheiro da cafeteria, Lysella descobre que Alara é uma extraterrestre e acaba sendo convencida a ajudar no resgate.
Lysella foi levada para a nave Orville onde conhece uma nova realidade através do contato com raças estelares avançadas. Depois de resgatarem LaMarr do planeta, uma nave de transporte deixou Lysella em Sargus 4 e a Orville partiu. A experiência do contato com extraterrestres causou uma grande impacto emocional em Lysella, alterando sua percepção da realidade.
Décimo episódio “Futuro Desconhecido” da terceira temporada – Nos três anos seguintes, a situação em Sargus 4 se deteriorou, com as pessoas cada vez mais receosas de se manifestar, apesar de motivos justificáveis para sua raiva. Lysella perdeu dois amigos durante esse período. Sabendo que a Orville estava retornando a Sargus 4, Lysella ligou com antecedência e pediu para embarcar. Uma vez a bordo, ela solicitou refúgio. Atendendo ao pedido, o Capitão Mercer designou a Comandante Kelly Grayson para ajudar Lysella a se adaptar à vida na União Planetária.
Esse interessante vídeo do canal Mindful Machines fala sobre o dilema de Lysella ao abandonar tudo o que conhecia e entrar num novo estilo de vida repleto de abundância, sem políticos, escassez, trabalho por dinheiro, escravidão, guerras, fome, miséria e todos os problemas que afligem seu planeta.
Depois que a Orville partiu pela primeira vez, Lysella mudou para sempre. Como um vírus que ela não conseguia se livrar, a lembrança da vida a bordo da nave espacial infectou seus pensamentos. Todos os problemas de seu planeta parecem piores agora, porque ela sabe que existe um jeito melhor. Ela não aguenta mais viver em Sargus 4. Ela está pronta para ir embora. Lysella vê o mundo em Orville como uma utopia.
Com sua tecnologia avançada, eles parecem ter superado a maioria dos problemas que assolam seu mundo. Sem pobreza, sem guerras, sem políticos, sem escassez de recursos e tudo gratuito. É tudo o que ela achava impossível. Na série, Lysella pediu para ser extraída de seu planeta e se tornar tripulante da nave Orville.
Já no mundo real, os Taygeteanos fizeram a extração de algumas de suas sementes estelares que estão encarnadas em avatares humanos através da tecnologia de imersão total. A maneira mais comum de fazer uma extração é simplesmente chegar, posicionar a nave acima do local onde a pessoa será extraída, e com o feixe de raio trator, levantá-la para a nave e ir embora. Tudo em segundos.
Leia mais: Extração da Terra – Protocolos de Taygeta
A única 100% humana que eles extraíram da Terra foi a japonesa Andrea Suriko Takahane. Andrea é 100% humana pois sua alma encarnou na Terra vindo diretamente da Fonte. Sementes estelares se refere as pessoas de diferentes raças extraterrestres que encarnam em avatares humanos da Terra utilizando tecnologia de imersão total.
Os três vídeos abaixo contam a história de Andrea, uma garota japonesa de 13 anos que foi resgatada em fevereiro de 2016, do naufrágio de um barco de pesca japonês numa tempestade, por dois pilotos Taygeteanos. Hoje, aos 22 anos, ele colabora na ponte de comando em tarefas de navegação da nave Sadicleya de Taygeta, que está na órbita da Terra.
Lysella resolveu abandonar tudo o que conhecia e entrar num novo mundo de abundância e aventuras. A Comandante Kelly é designada para ajudar Lysella a se aclimatar a um novo modo de vida, muito diferente de onde ela veio. Kelly começa mostrando a Lysella a tecnologia que mudou tudo para eles. O sintetizador de matéria, uma tecnologia que pode criar qualquer coisa do nada. Comida, roupas, bebidas, ferramentas, máquinas etc. Basta pedir e a máquina construirá para você, átomo por átomo.
Foi o momento mais transformador da história. Quando todas as suas necessidades materiais são supridas sem custo, isso muda todo o jogo. Esses sintetizadores de matéria são onipresentes na série. Todo mundo os tem, e isso transformou a escassez de sua sociedade em abundância. Quando a IA automatiza grandes partes da economia, ao mesmo tempo em que acelera o progresso científico em décadas, a abundância se torna mais do que ficção científica.
O sintetizador de matéria que aparece tanto em Star Trek como em The Orville existe e se chama replicador industrial. Todas as raças estelares avançadas possuem variantes dessa tecnologia mas eles não utilizam os replicadores para materializar alimentos. A máquina não os reproduz com eficiência por causa da complexidade das moléculas orgânicas.
Fiz alguns posts sobre os usos desses replicadores industriais:
Replicadores industriais podem substituir toda a cadeia produtiva da indústria
Como fabricar carros com simulação holográfica 3D e replicadores
Replicadores industriais fabricam qualquer produto sem desperdício e poluição
Os cascos das naves espaciais extraterrestres são feitas de metal polimórfico nanotecnológico.
Cuidado com a comida processada replicada
Um mundo sem dinheiro, sem impostos e com alta qualidade de vida é possível?
Esse vídeo mostra como funciona um sintetizador de matéria como o da Orville. Já as replicadoras são máquinas que podem imprimir quase qualquer objeto inorgânico e quase qualquer material, com muito poucas restrições. Elas também podem replicar componentes orgânicos, desde que não estejam vivos ou destinados a serem consumidos. O alimento replicado resulta em uma caricatura tóxica sem valor nutricional.
Pela primeira vez, estamos diante da possibilidade real de um mundo além da escassez. E esse é exatamente o problema. A escassez não é apenas uma condição da economia do século 21, é o mito que sustenta todo o sistema. O capitalismo precisa de sua crença fundamental: a de que não há o suficiente para todos. A abundância é o inimigo natural do capitalismo. O capitalismo não precisa apenas da escassez, ele a cria ativamente.
O sistema recompensa os jogadores que fabricam escassez com o objetivo de se perpetuar. O capitalismo é um sistema de escravidão e escassez, como o socialismo, e ambos dependem de dinheiro. Veja o que laboratórios de IA como a OpenAI fizeram. Eles pegaram a abundância de informações disponíveis na internet, os dados que todos nós, humanos, criamos coletivamente, e construíram seus modelos de linguagem a partir disso.
Depois de se beneficiarem de toda essa informação gratuita e aberta, eles restringiram o acesso aos seus modelos, optando por não compartilhar os dados do seu modelo, efetivamente migrando de um modelo de código aberto para um modelo de código fechado. Eles fabricaram uma escassez artificial de informações, e o sistema os recompensou imensamente por isso. E vemos esse padrão em toda a nossa economia.
Mas, à medida que Lysella aprende mais sobre o sintetizador de matéria, sua admiração se transforma em culpa pois só essa tecnologia poderia mudar toda a sociedade no meu planeta. Mesmo que fosse só um desses sintetizadores. Ela começa a se arrepender de sua escolha de ir embora, enquanto pensa em todos que deixou para trás.
Ela queria saber porquê a Orville não compartilhava sua tecnologia, ação que poderia salvar milhões de vidas. Mas não é tão simples assim. Orville têm uma política de não intervenção. Não tinham permissão para introduzir tecnologia avançada em uma sociedade em desenvolvimento, pois poderia ter resultados catastróficos.
Então, eles negam seu apelo e Lysella fica desapontada com a Orville. Ela começa a se sentir egoísta por ter escapado e deixando todos que conhecia para sofrer. Essa reação revela o quão profundamente os ideais do seu mundo moldaram sua psique. Mesmo quando lhe oferecem abundância gratuitamente, ela não consegue deixar de questionar se é digna dela. O sistema do qual ela fez parte por tanto tempo a convenceu de que ela precisa conquistar seu direito de existir. Lysella estava sentindo uma forma de “culpa de sobrevivente”.
A humanidade, como tal, está por toda esta galáxia, a ponto de haver 400.000 civilizações humanas Lyrianas somente neste quadrante galáctico. Dessas 400.000, a maioria, a vasta maioria, são civilizações pré-industriais com um avanço tecnológico semelhante aos da Terra nos séculos XVIII e XIX, ou menos desenvolvidas.
Pelo menos a maioria, senão todas, dessas civilizações estão sob a proteção direta da Federação Galáctica e sua infame Primeira Diretriz, portanto, não devem sofrer interferência externa durante seu desenvolvimento sociocultural, espiritual e tecnológico. Portanto, poucas delas têm qualquer contato com seus parentes interestelares. Os humanos na Terra estão oficialmente entre as raças não interestelares com as quais outros não devem interferir.
Embora as coisas não sejam tão facilmente definidas no caso da Terra, pois é um planeta complicado com pelo menos duas civilizações, uma interestelar (o Programa Espacial Secreto da Cabala) e a outra não, que é sempre mantida reprimida e subserviente à outra, e esta é a Cabala, o governo por trás de todos os governos. Apenas 41.000 de todas as 400.000 civilizações humanas neste quadrante galáctico são interestelares, o que equivale a aproximadamente 10% do número total delas.
41.000 civilizações humanas Lyrianas ainda são um número enorme e todas são avançadas e totalmente interestelares, embora uma pequena quantidade tenha escolhido não ser assim por razões socioculturais e espirituais, mas essa é outra história. A Terra e seus humanos Lyrianos são apenas mais um planeta entre muitos que abrigam a mesma espécie e está longe de ser o berço da espécie, independentemente do que inúmeras sagas, pseudociência oficial e dogmas religiosos possam dizer.
Existem extraterrestres vivendo de forma disfarçada na Terra? É claro que sim e isso vem acontecendo há milhares de anos. Existem várias raças estelares que tem a mesma aparência que nós. Vestindo jeans, camiseta e tênis eles podem caminhar tranquilamente pelas ruas das nossas cidades sem serem notados. E podem se comunicar em diferentes idiomas humanos.
Na segunda temporada da série “Star Trek: Enterprise”, há um excelente episódio chamado Carbon Creek, que foi ao ar pela primeira vez em 25 de setembro de 2002. Nesse episódio, a Vulcana T’Pol, Diretora executiva de ciências da nave Enterprise NX-01, conta uma história sobre sua bisavó, T’Mir, que caiu com sua nave na Terra em 1957, onde sobreviveram 3 tripulantes. Eles tiveram que se vestir e se comportar como os humanos para não serem descobertos.
O episódio Carbon Creek não tem nada de “ficção”. Ele mostra exatamente o que vem acontecendo na Terra há muito tempo, ou seja, extraterrestres com aparência humana ou bem parecida, que descem até a Terra em suas naves, e fingem ser humanos. São chamados de Step Down. Alguns desses Step Down vem para missões curtas, já outros acabam optando por viver na Terra por alguns anos.
E os extraterrestres que podem se passar mais facilmente por humanos são aqueles da família Lyriana, a qual os humanos da Terra descendem. Os “humanos espaciais” que mais visitam a Terra são os Alfrateanos, Taygeteanos e Antarianos.
Os extraterrestres que vivem disfarçados como humanos na Terra.