O poliestireno expandido (EPS) foi descoberto na Alemanha em 1949 pelos químicos Fritz Stasny e Karl Buchholz. No Brasil é popularmente conhecido como Isopor e é um plástico celular rígido, resultado da polimerização do estireno em água. O produto final são pérolas de até 3 milímetros de diâmetro, que se destinam à expansão.

No processo de transformação, essas pérolas aumentam em até 50 vezes o seu tamanho original, por meio de vapor, fundindo-se e moldando-se em formas diversas. Expandidas, as pérolas apresentam em seu volume até 98% de ar e apenas 2% de poliestireno. Em 1m³ de EPS expandido, por exemplo, existem de 3 a 6 bilhões de células fechadas e cheias de ar. O EPS tem muitas utilidades, entre elas embalagens e construção civil.

Ao contrário da crença popular, o EPS é realmente ecológico. A fabricação de EPS é um processo muito mais limpo do que a fabricação de outras alternativas de isolamento. Nenhuma substância tóxica é usada para produzir EPS, e nenhum gás que destrói a camada de ozônio é usado ou criado como subproduto na fabricação de EPS.

O EPS tem baixo consumo de água durante a fabricação e nenhum desperdício gerado. O EPS tem um impacto ambiental menor do que outros materiais de construção, incluindo painéis de fibras, madeira e papel. Ele não possui nem cria poluentes da água ou do ar, e o EPS é 100% reutilizável ou reciclável no final de sua vida útil.

O uso do EPS é mais comum do que muita gente imagina. Para se ter ideia, há mais de 30 anos os especialistas utilizam o EPS em paredes, seja no ambiente interno ou externo. Dependendo da densidade, o material é capaz de suportar mais de 40 toneladas por m2. A maioria das construtoras utilizam o material da seguinte forma:

  • Placas de EPS nas extremidades formando um sanduíche com concreto e ferro, cobertos com argamassa estrutural,
  • Painéis monolíticos em EPS revestidos com malhas de aço treliçadas e cobertos por uma argamassa estrutural.

Uma empresa americana chamada Strata International Group criou um sistema inovador de construção de casas com uma estrutura inteira a partir de blocos EPS cobertos com um composto de cimento. Todas as casas construídas pela Strata tem suas paredes, colunas, tetos e pisos feitos 100% de EPS, um método diferente das outras construtoras.

Para formar a estrutura de uma casa, a Strata usa seu sistema chamado SABS (Saebi Alternative Building System), que utiliza blocos de espuma de poliestireno expandida. A espuma é modelada com corte a fio quente, os blocos são unidos com espuma expandida formando paredes, colunas, teto e piso, depois revestidos com uma camada da mistura especial de concreto da empresa, chamada Sabscrete.

Ele mantém tudo unido, protege o EPS do impacto, clima, terremoto e fogo e permite que a superfície seja pintada e texturizada. Nenhuma madeira ou aço é usado. O isolamento de espuma EPS é 98% de ar, tornando-o 100% ecológico pois o material é reciclável e não é tóxico.

“Essas casas são construídas para durar 300, 400, 500 anos”, disse Amir Saebi, gerente executivo de operações da Strata, acrescentando que o EPS atua como isolamento, o que significa que é necessária menos energia para resfriar ou aquecer as casas. Isso beneficia os proprietários e o meio ambiente.

Amir Saebi disse que algumas construções podem ter apenas três trabalhadores, dado que a construção é menos intensiva porque os trabalhadores só precisam mover grandes blocos de EPS e misturar o sabscrete.

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Renato Cunha
O blog Stylo Urbano foi criado pelo estilista Renato Cunha para apresentar aos leitores o que existe de mais interessante no mundo da moda, artes, design, sustentabilidade, inovação, tecnologia, arquitetura, decoração e comportamento.

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