Engenheiros da Universidade do Missouri, nos EUA, construíram um ar-condicionado de “vestir” que na verdade é um adesivo para ser colado sobre a pele. O dispositivo fornece aproximadamente 6º C de resfriamento para o corpo humano, sob uma intensidade solar de 840 Wm-2. E, melhor de tudo, ele não exige bateria ou qualquer outro tipo de alimentação: o ar-condicionado pessoal de fato não consome eletricidade.

Ar-condicionado pessoal

Ocorre que o material respirável e impermeável fornece ar-condicionado pessoal através de um processo chamado refrigeração passiva. O resfriamento passivo não utiliza eletricidade, enviando o calor para o espaço exterior por meio de um tipo de radiação para a qual a atmosfera terrestre é transparente.

A equipe espera ter uma versão do ar-condicionado de vestir pronta para uso em um a dois anos. [Imagem: University of Missouri]

“Nosso dispositivo pode refletir a luz solar para longe do corpo humano para minimizar a absorção de calor, ao mesmo tempo em que permite que o corpo dissipe o próprio calor do corpo, permitindo assim obter cerca de seis graus Celsius de resfriamento para o corpo humano durante o dia,” disse o professor Zheng Yan. “Acreditamos que esta é uma das primeiras demonstrações dessa capacidade no campo emergente da eletrônica sobre a pele”.

Além do conforto térmico, há inúmeras aplicações da tecnologia, sobretudo nos cuidados com a saúde humana, em conjunto com circuitos para monitorar a pressão sanguínea, a atividade elétrica do coração e o nível de hidratação da pele, por exemplo.

Foto do protótipo do ar-condicionado de vestir, antes (esquerda) e depois (direita) da remoção do substrato plástico.

Roupas inteligentes

O protótipo consiste em um adesivo que deve ser aplicado sobre a pele com a ajuda de um substrato polimérico e água. A equipe estima que terá uma versão pronta para uso em cerca de um a dois anos. Nesse meio tempo, eles também planejam incluir a tecnologia em roupas inteligentes.

“Eventualmente, gostaríamos de pegar essa tecnologia e aplicá-la ao desenvolvimento de têxteis inteligentes,” disse Yan. “Isso permitiria que os recursos de resfriamento do dispositivo fossem disponibilizados por todo o corpo. No momento, o resfriamento está concentrado apenas em uma área específica em que o revestimento está localizado. Acreditamos que isso pode potencialmente ajudar a reduzir o uso de eletricidade e também o aquecimento global.”

Fonte: Inovação Tecnológica

Artigo anteriorNova coleção de alta costura de Iris Van Herpen funde biologia com moda
Próximo artigoJean Paul Gaultier disse adeus às passarelas rodeado pelas suas principais musas
Renato Cunha
O blog Stylo Urbano foi criado pelo estilista Renato Cunha para apresentar aos leitores o que existe de mais interessante no mundo da moda, artes, design, sustentabilidade, inovação, tecnologia, arquitetura, decoração e comportamento.

DEIXE UMA RESPOSTA

Please enter your comment!
Please enter your name here

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.