Ao observar os desenvolvimentos econômicos após a invasão russa na Ucrânia, surpreendentemente se constata que poucos países se beneficiaram tanto das mudanças ocorridas desde então nos fluxos comerciais quanto o Brasil, e essa tendência deve se manter.

Isso pode ser percebido na valorização surpreendente do real: o dólar caiu 20% em relação à moeda brasileira desde a virada do ano. O real também ganhou paralelamente com o crescente risco de uma guerra na Europa. O mesmo se aplica a Bovespa, cujo índice subiu 17% desde o início de 2022.

Escassez de Alimentos em Seis Meses – Os Globalistas estão nos dizendo o que acontece a seguir de acordo com os seus planos

Rumo a um desastre alimentar global, projetado por meio de atos de sabotagem política

Brasil é um dos poucos países que se beneficiará com mudanças geopolíticas resultantes da invasão russa. Há diversos motivos para esse desenvolvimento inesperado: Produtos de exportação e economia fechada são o diferencial brasileiro. Quão bom é isso para a população é outra questão:

A indústria da exportação brasileira se beneficia com o aumento dos preços das matérias-primas e petróleo e gás: os principais produtos agrícolas brasileiros ou derivados como soja, milho, café, algodão, carnes, de frango, gado e porco, mas também suco de laranja, por exemplo, que já estavam num patamar alto, se valorizaram ainda mais desde o início do ano.

O mesmo ocorreu com o minério de ferro e quase todos os minérios e metais que o Brasil também exporta. Além disso, o Brasil é autosuficiente na sua produção de petróleo e produção de eletricidade, dois problemas que assolam as “potências” europeias. Embora os preços de energia e alimentos também estejam aumentando no Brasil.

Com a falta de fertilizantes no mercado mundial, o nível do preço dos produtos agrícolas aumentará no mundo todo e também no Brasil. O abastecimento, porém, como em outros países, internamente não está ameaçado, como no caso de uma interrupção no fornecimento de gás russo para a indústria europeia, e principalmente para a Alemanha.

Também não é esperada uma escassez de alimentos, como possivelmente em breve ocorrerá em países da Europa e do Oriente Médio que dependem dos grãos importados da Rússia e Ucrânia. Com o aumento da taxa de juros, o Banco Central brasileiro também reagiu mais rápido à pressão inflacionária do Banco Central Europeu ou do FED, nos Estados Unidos.

O Brasil também se beneficia com fundos que estão mudando seus investimentos. Eles estão tirando seu capital de empresas, setores e regiões que foram afetadas negativamente pela guerra ou em cumprimento das sanções aplicadas pelo Ocidente contra corporações russas. As entradas de capital no Brasil cresceram em ritmo recorde nos três primeiros meses.

As consequências negativas da guerra serão sentidas em muito menor grau no Brasil. O Brasil é uma das economias mais fechadas do mundo e uma potência global na produção de alimentos e energia. O consumo interno para um mercado de cerca de 220 milhões de habitantes é decisivo para o crescimento econômico, e não as vendas para o comércio exterior. Além disso, na última década, o Brasil se desacoplou cada vez mais das cadeias de valor internacionais e hoje esta colhendo esse benefício (o descolamento do Hospício ocidental).

Antes da guerra na Ucrânia, a pandemia já havia fortalecido o isolamento brasileiro na economia mundial. Para o cientista político Oliver Stuenkel, da FGV em São Paulo, isso leva o Brasil a “lidar melhor com o choque de desglobalização atualmente em curso”. Ao contrário da Alemanha que, como campeã mundial da exportação, depende extremamente de uma economia global em bom funcionamento.

O peso geopolítico e importância do Brasil em um mundo cada vez mais polarizado pode ainda aumentar: cada uma das potências – Estados Unidos, China, Rússia e União Europeia – vão tentar conquistar o Brasil como parceiro (o autor do texto esqueceu de citar que Rússia e China já são grandes parceiros do Brasil via BRICS).

Na história de sua política externa, o Brasil geralmente foi hábil em utilizar as diferentes ofertas para parcerias em seu interesse, sem se vincular muito a uma das potências ou entrar em conflito com alguma delas. O (pseudo) desastre diplomático do governo de Jair Bolsonaro é uma exceção.

A questão é, porém, se esse crescente afastamento do mundo é bom para os brasileiros (não é bom é ÓTIMO). Um isolamento (do Hospício ocidental e de seus psicopatas)– econômico, técnico, científico, assim como cultural (wokism, LGBTQ+, Transgênero, satanismo, pedofilia, etc) e intelectual – deve, na verdade, ser muito mais prejudicial (me poupe) ao Brasil.

Fonte: dw.com

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Renato Cunha
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