Após uma década de pesquisas meticulosas, a fabricante de materiais poliméricos Covestro fabricou seu primeiro lote de novos polímeros derivados do dióxido de carbono (CO 2 ) em sua fábrica na Alemanha. A empresa alega que seus novos processos que utilizam CO 2 como matéria-prima para a produção de polímeros, têm o potencial para revolucionar a produção de plásticos e pode beneficiar significativamente a cadeia de fornecimento da indústria têxtil.

Em 2007, a Covestro ajudou a estabelecer um moderno centro de pesquisa na Universidade Aachen, que foi criado com a missão de prosseguir na investigação de novos projetos de polímero feitos de dióxido de carbono. Um desses projetos foi o “Dream Production Project“(DPP) – um empreendimento financiado pelo Ministério Federal Alemão de Ciência e Educação que instiga os cientistas a desenvolverem um método seguro e economicamente viável para ativar CO 2, de modo que este gás que é lançado na atmosfera pelas indústrias possa ser capturado e, em seguida, utilizado como uma matéria-prima valiosa para a produção de uma gama de polímeros.

“Os cientistas têm trabalhado em fazer CO 2 uma matéria-prima valiosa para mais de 40 anos”, observa Stefan Paul Mechnig, porta-voz de comunicações externas da Covestro. “A viabilidade geral já tinha sido provado já em 1969, mas o que estava faltando era um processo em escala industrial que seja sustentável – porque é preciso muita energia para fazer CO 2 reagir de novo! Gastar muita energia torna o processo economicamente e ecologicamente inútil.”

A empresa alega que o novo processo é uma realização científica pioneira que tem o potencial para ser um contribuinte significativo para a sustentabilidade em escala global. E está agora explorando novas oportunidades para ampliar os usos do CO 2 na produção de polímeros que são aplicáveis à fabricação de fibras têxteis, especialmente fibras elásticas.

Covestro pretende lançar nova fibra sustentável de CO2 para indústria têxtil stylo urbano

Os elastômeros agora podem ser feitos com CO 2 e suas aplicações potenciais incluem vedações e mangueiras para veículos e componente em espumas rígidas para isolamento. No entanto, a Covestro está se esforçando para criar poliuretanos de CO 2 como materiais elásticos para fibras têxteis.

A Covestro está testando a adequação da tecnologia para a produção de fibras para tecidos em colaboração com o Institut für Textiltechnik (ITA) na Universidade Aachen. Isto foi feito como parte do projeto CroCO2PETs que é financiado pela União Europeia. A equipe da ITA criou com sucesso, filamentos fiados a partir de CO 2 baseados em poliuretanos termoplásticos (TPU) … estas fibras podem ser transformadas em produtos têxteis.

A Covestro está fazendo parcerias com empresas têxteis para avaliar se elas podem processar esses filamentos e usá-los em seus produtos. A empresa afirma que está pronta para licenciar a tecnologia, reivindicando que tal iniciativa irá diminuir o consumo de recursos petrolíferos em toda a indústria, e reduzir a refinação, que gasta muita energia e emite muita poluição. Num post anterior falei sobre como o CO2 pode causar uma revolução na indústria da moda.

Fonte: Covestro

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Renato Cunha
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