Quando os clientes entrarem na loja Nordstrom Local, na Califórnia, vão encontrar alfaiates que customizam roupas e stylists que dão conselhos de estilo, mas não vão encontrar roupas. A mais recente aposta dos grandes varejistas passa por espaços comerciais sem inventário. As grandes lojas têm os dias contados.

A destruição lenta do varejo físico tem motivado novas táticas nas lojas nos EUA. Em busca de cortar os custos e, ainda assim, manter os clientes interessados, os varejistas americanos deram um passo em frente no cruzamento do espaço de vendas online com o offline. A Nordstrom Local é a mais recente proposta dentro deste conceito: varejo sem ou com pouca mercadoria. O cliente entra na loja, escolhe uma determinada peça, faz a encomenda e espera que esta seja entregue porta de casa.

Modelo atrativo

Ao enviar as encomendas diretamente para a casa dos clientes, estas lojas não precisam de estoques no local e, como consequência, de promoções para vendê-los. Mais importante ainda, as cadeias de varejo podem dispensar o transporte dos estoques dos armazéns para as lojas.

A ideia de lojas sem mercadoria não agradou apenas à Nordstrom mas o Wal-Mart também está a apostar neste novo modelo. “Uma loja sem inventário torna-se muito, muito eficiente”, afirma, à Bloomberg, Michael Brown, sócio da divisão de varejo da consultora A.T. Kearney.

O Wal-Mart foi inclusivamente o primeiro varejista a experimentar o novo modelo quando comprou a plataforma online Bonobos, em junho. A Bonobos começou como modelo de negócio direto ao consumidor através da Internet. Agora, com mais de 40 lojas físicas nos EUA, permite que os clientes experimentem as peças na loja e, depois, as encomendem online. A Nordstrom Local, por exemplo, tem entrega no mesmo dia através de serviços de transporte tradicionais.

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Renato Cunha
O blog Stylo Urbano foi criado pelo estilista Renato Cunha para apresentar aos leitores o que existe de mais interessante no mundo da moda, artes, design, sustentabilidade, inovação, tecnologia, arquitetura, decoração e comportamento.

2 Comentários

  1. Renato estou adorando seus posts.
    Já trabalhei com moda e hoje trabalho com desenvolvimento de projetos de tecnologia e vejo a necessidade de inovação na moda, soluções tecnológicas para a indústria da moda.
    Parabéns, continue trazendo novidades pra gente.

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